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Videogames: um aliado ou inimigo das crianças?

07 de Julho de 2021

Proibir não é o caminho!

Quando somos crianças e os adultos nos proíbem de fazermos algo que gostamos, os resultados nunca são positivos. Além de ser uma tarefa bem difícil (já que hoje existe uma infinidade de jogos no celular, no computador e até na TV), a vontade só vai aumentar, junto com um sentimento de raiva e decepção que pode deixar cicatrizes pelo resto da vida.

Se você acha que o pequeno está passando tempo demais se distraindo com games, é uma boa oportunidade para praticar suas técnicas de negociação com ele. Determine horários, coloque condições (como ajudar nas tarefas da casa e manter-se na média nas tarefas da escola) e procure aliviar as regras nos fins de semana, férias e feriados, ou parecerá injusto que só você possa curtir esses momentos de folga.

O videogame não é seu inimigo; basta tomar alguns cuidados básicos para manter saudável a relação entre os jogos e as crianças:

Confira a classificação indicativa dos games: As crianças estão se desenvolvendo o tempo todo, então ainda não sabem exatamente o que é certo e errado ou como o mundo funciona, por isso é essencial manter longe dos pequenos aqueles jogos mais violentos, cheios de terror ou outros comportamentos que você reprove. Seguir a classificação etária na embalagem do game é um bom filtro para resolver essa questão!

Determine horários: Sim, é chato impor horários e limites, mas nós sabemos que, do contrário, os pequenos simplesmente passariam o dia em frente às telas, né? As crianças, principalmente as mais novinhas, precisam manter o contato com a realidade, as pessoas e o mundo do lado de cá das telas, para que não misturem os dois universos. Já os maiorzinhos devem entender a necessidade de dedicar tempo aos seus cursinhos, estudos e outras tarefas. Não existe uma regra sobre o limite de tempo; o ideal, porém, é que os jogos nunca atrapalhem as crianças em outras atividades, como os estudos, esportes ou tempo com a família.

De olho na postura: Lembre que o corpo da criança está em pleno crescimento, e manter uma postura adequada é essencial para não ter problemas no futuro. Muitos jovens de hoje em dia, inclusive, já estão desenvolvendo problemas de coluna por não terem essa orientação. Então, ensine seu filho a manter a postura sempre certinha enquanto joga, mantendo uma distância saudável da tela para que não prejudique sua visão. Se o tempo jogando for mais longo, vale combinar algumas pausas para que ele levante, se estique, beba água e vá ao banheiro.

Videogame pode ser algo bom?

Mesmo se você não tiver um videogame em casa, sabemos que os joguinhos eletrônicos estão em todo lugar, e é praticamente impossível manter as crianças longe deles, né? Mas, calma! Já vimos que proibir não é a melhor escolha, então, que tal aproveitar os benefícios dessa tecnologia para o desenvolvimento dos pequenos? Olha só:

Saber perder e recomeçar: Lidar com frustrações e ao mesmo tempo desenvolver a resiliência são aprendizados super importantes em qualquer fase da vida, e os games são ótimos para, aos poucos, “acostumarem” a criança com essa ideia, mostrando que ganhar e perder, ficar chateado, mas tentar de novo até acertar são acontecimentos completamente normais.

Reflexos visuais: Essa é uma habilidade super importante que os games ajudam a desenvolver naturalmente, já que a criança se vê desafiada a enxergar objetos pequenos e rápidos, distinguir suas cores e escapar deles com seus personagens.

Concentração, memória e raciocínio lógico: No mundo dos games, a criança precisa trabalhar a mente a todo momento, decifrando enigmas, buscando detalhes, memorizando cenários e comandos, buscando passagens secretas e superando os desafios de cada fase!

Relaxando a mente e o corpo: Os momentos de lazer são fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças. Assim, ter essa oportunidade de se divertir, errar e acertar sem toda aquela pressão de atingir notas ou sofrer consequências ruins acaba por relaxar a criança de uma forma super positiva.

Joguem juntos!

Muitos de nós largamos o videogame conforme fomos crescendo e tendo mais responsabilidades – afinal, as contas não se pagam sozinhas, né? Mas por que não retomar essa paixão agora, jogando com seus filhos de vez em quando?

Você vai se surpreender com a evolução dos jogos desde aquela época, e pode aproveitar esse momento para trocar experiências com o pequeno, contando suas histórias de games antigos e ao mesmo tempo deixando que ele te ensine um pouco sobre os jogos de hoje (ele vai AMAR isso!). Muitos games podem ser jogados em dupla, seja um contra o outro ou fazendo parte de uma equipe que busca o mesmo objetivo. Vocês podem até gravar “gameplays” juntos para a internet ou fazer torneios nos fins de semana, que tal?

Com limites, naturalidade e equilíbrio, o videogame pode sim ser um aliado na vida das crianças e da família – depende de você, o controle está em suas mãos!